A COVID-19 impacta a modulação autonômica cardíaca e a função endotelial vascular em pacientes com hipertensão arterial sistêmica?

Pedro Igor Lustosa Roriz; Landro Campos de Brito; Raphael Martins de Abreu; Heitor Fernandes Silveira Cavalini; Edelvita Fernanda Duarte Cunha; Rodrigo Souza Teixeira; Herculano Ribeiro Da Silva Neto; Ádrya Aryelle Ferreira; Anderson Bispo Coelho; Ellen Cristinni Maciel Canuto; Matheus Sobral Silveira; Joice De Souza Batista; Paulo André Freire Magalhães; Armele De Fatima Dornelas de Andrade; Juliana Cristina Milan-Mattos; Victor Ribeiro Neves

doi:10.47066/2966-4837.e00462025pt

Resumo

Introdução: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) está associada a maior risco de complicações em pacientes com COVID-19. No entanto, ainda não está claro se a infecção leve por COVID-19 influencia a modulação autonômica cardíaca e a função endotelial vascular (FEV) em indivíduos hipertensos. Objetivo: Avaliar a modulação autonômica cardíaca e a FEV em pacientes hipertensos com e sem diagnóstico de COVID-19. Métodos: Estudo transversal com 33 pacientes hipertensos, divididos em dois grupos: G1 (com diagnóstico prévio de COVID-19 confirmado por RT-PCR) e G2 (sem diagnóstico). Foram realizados eletrocardiograma e avaliação da FEV pela técnica de dilatação mediada por fluxo (DMF) na artéria braquial. A variabilidade da frequência cardíaca (VFC) foi analisada por métodos lineares (tempo e frequência) e não lineares (análise simbólica e entropia). A normalidade dos dados foi verificada pelo teste de Shapiro-Wilk, e os testes t de Student ou Mann-Whitney foram aplicados conforme a distribuição das variáveis, com nível de significância de 5%. Resultados: Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos para os parâmetros de VFC e FEV (p > 0,05). Conclusão: Em pacientes hipertensos com sintomas leves de COVID-19, não foram detectadas alterações significativas na modulação autonômica cardíaca ou na função endotelial vascular. Esses achados sugerem que a infecção leve pode não impactar negativamente esses sistemas fisiológicos em indivíduos com HAS controlada. Estudos futuros com delineamento longitudinal e maior amostragem são necessários para aprofundar essa compreensão.

Palavras-chave

SARS-CoV-2; Sistema Nervoso Autônomo; Risco Cardiovascular

Abstract

Introdução: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) está associada a maior risco de complicações em pacientes com COVID-19. No entanto, ainda não está claro se a infecção leve por COVID-19 influencia a modulação autonômica cardíaca e a função endotelial vascular (FEV) em indivíduos hipertensos. Objetivo: Avaliar a modulação autonômica cardíaca e a FEV em pacientes hipertensos com e sem diagnóstico de COVID-19. Métodos: Estudo transversal com 33 pacientes hipertensos, divididos em dois grupos: G1 (com diagnóstico prévio de COVID-19 confirmado por RT-PCR) e G2 (sem diagnóstico). Foram realizados eletrocardiograma e avaliação da FEV pela técnica de dilatação mediada por fluxo (DMF) na artéria braquial. A variabilidade da frequência cardíaca (VFC) foi analisada por métodos lineares (tempo e frequência) e não lineares (análise simbólica e entropia). A normalidade dos dados foi verificada pelo teste de Shapiro-Wilk, e os testes t de Student ou Mann-Whitney foram aplicados conforme a distribuição das variáveis, com nível de significância de 5%. Resultados: Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos para os parâmetros de VFC e FEV (p > 0,05). Conclusão: Em pacientes hipertensos com sintomas leves de COVID-19, não foram detectadas alterações significativas na modulação autonômica cardíaca ou na função endotelial vascular. Esses achados sugerem que a infecção leve pode não impactar negativamente esses sistemas fisiológicos em indivíduos com HAS controlada. Estudos futuros com delineamento longitudinal e maior amostragem são necessários para aprofundar essa compreensão.

Keywords

SARS-CoV-2; Sistema Nervoso Autônomo; Risco Cardiovascular

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